Para imigrantes

Como É Morar Em Baton Rouge, Na Luisiana?

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por kenlund via flickr

A entrevista de hoje é um pouco diferente da nossa série sobre a vida em cidades americanas. Outro dia conversei com uma brasileira que está nos primeiros estágios de adaptação nos EUA e tem uma perspectiva diferente de quem já mora aqui há um tempinho (que nem yo e outros dos entrevistados).

Nossa convidada de hoje é a Juliana e ela está aqui há pouquíssimo tempo. Vamos ver como está sendo a adaptação dela e que dicas ela dá para quem deseja tentar a vida no estado da Louisiana:

V.N.E.: Em qual cidade americana você mora e há quanto tempo você está aqui?

Juliana: Moro em Baton Rouge, Louisiana, há dois meses e meio. Meu marido teve uma oportunidade de trabalho e após analisarmos bem a proposta, resolvemos vir.

V.N.E.: Qual foi a primeira coisa que você notou ao chegar nos Estados Unidos?

J.: É tudo muito prático! Embalagens, fazer compras, abastecer o carro…

V.N.E.: Qual a maior dificuldade que você enfrentou ou enfrenta no país até agora?

A comida, principalmente nessa região que é tudo muito spicy (apimentado), mesmo com a opção “no spicy”, ainda assim é muito temperado, mas eu ainda estou com a memória muito fresca das comidas brasileiras…. Kkk

V.N.E.: Em algum momento você pensou em voltar para o Brasil? Favor explicar o porquê.

Foi mais no início, pois tinha mais privacidade na minha casa sem precisar deixar tudo fechado e, claro, por causa da comida…

 

V.N.E.: Tem algo que você detestou aqui?

J.: Sempre gostei de caminhar e aqui nem que seja para ir até o supermercado que fica no próximo quarteirão, você tem q ir de carro….

Praticamente não tem calçadas e muito menos faixa de pedestres, o que se torna muito perigoso andar a pé.

V.N.E.: O que você mais gostou nos Estados Unidos até agora?

J.: Como já disse anteriormente, a praticidade das coisas e a educação das pessoas, como são prestativas quando percebem que você precisa de algo, por exemplo, esta semana no supermercado…

Não encontrava mussarela fatiada, só em pedaço, quando o funcionário percebeu q eu procurava algo já veio me perguntar e disse que eles poderiam fatiar, e inclusive fez toda a conversão de quilos (kg) para libras (lbs), pois eu disse que ainda não tinha me acostumado com as medidas daqui.

 

V.N.E.: Qual a impressão que você teve do povo americano? Essa primeira impressão é o que você esperava ou diferente do que você pensava? Essa primeira impressão está mudando ou não?

J.: A maioria das pessoas que temos conhecidos tem sido muito agradáveis, já tínhamos nos preparado para o choque cultural e isso realmente tem ajudado bastante.

Mas assim como encontramos pessoas dispostas a ajudar tem aqueles que pensam que só porque você está no país deles, buscando uma vida melhor, acham que você tem que aceitar qualquer coisa… É muito relativo…

V.N.E.: Qual seu nível de domínio da língua inglesa?

J.: Sempre falei inglês no Brasil por causa do trabalho, mas quando cheguei aqui parece outra língua! Kkkkk

O sotaque do Sul é muito complicado, principalmente dos afro-americanos, tem hora que não entendo nada!

Mas o que percebi é quando eles veem que você está se esforçando para falar no idioma deles, eles tentam se fazer entender. Mas tem hora que é desesperador! Kkk

V.N.E.: Você já passou por alguma situação engraçada ou curiosa no seu tempo aqui?

J.: Aqui tem aquelas máquinas de bebidas (em restaurantes de fast food dentro dos mercados) que você paga uma vez, eles te dão um copo enorme e você bebe o quanto quiser.

Quando a atendente perguntou a bebida e eu disse água, ela apenas me deu o copo, e eu fiquei esperando aparecer o preço no visor e ficamos ali olhando uma pra cara da outra…

O que eu não sabia era que eles não cobram pela água…. Quando perguntei o preço, ela sorriu e me disse que não era nada.

Na verdade eu nem precisava tem ficado na fila, era só chegar ao lado e falar “water”.. E eu fiquei me perguntando se alguém pedia água e pegava refrigerante, mas no período que fiquei ali observando, todos que foram na máquina, pagaram pelo refri.

V.N.E.: Você pretende morar aqui indefinitivamente ou sua situação é temporária?

J.: A proposta foi que teríamos um tempo para ver se nos adaptávamos, mas estamos gostando tanto e sinceramente a situação do Brasil não está nada favorável para querermos voltar. Por enquanto nossa permanência aqui é indefinida.

como e a vida na luisiana EUA
V.N.E.: Seus parentes e amigos no Brasil apoiaram sua visitam para cá ou criticaram sua mudança? Enfim, como eles receberam a idéia e se eles deram apoio/te ajudaram no processo ou não?

J.: Sim! Eles apoiaram muito! Não temos o que dizer quanto a isso!
Foram todos muito receptivos e alguns até se encorajaram a vir pra cá, nem que seja somente para estudar ou passear.

V.N.E.: Se você quiser falar mais alguma coisa sobre sua adaptação aqui ou gostaria de dar algum conselho para quem quer morar aqui, fique a vontade que em caso positivo adicionarei a entrevista.

J.: O conselho que dou é que se venha com a mente aberta! Americano tem sua cultura, tem suas manias e se você ficar comparando tudo o tempo todo com o Brasil, você fica louco!

Outra coisa é, fale sempre a verdade. Se disser que sabe fazer e não sabe, você corre um grande risco de não conseguir mais nada! Não sei se é só nessa região, mas aqui eles prezam muito a honestidade, em tudo!

Acaba aqui a entrevista. Muito obrigada Juliana pela participação e pelas dicas.

No próximo post dessa série o bate-papo será com uma brasileira que mora há muitos anos no estado do Massachusetts, ou seja, com uma visão em contrapartida à da Juliana que está aqui há pouco tempo. Fiquem ligados!

Você também está passando pelos primeiros estágios de adaptação à sua nova vida nos Estados Unidos?

Tem dicas ou passou por situações engraçadas por aqui? Então deixe seu comentário abaixo.

 

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1 comentário on “Como É Morar Em Baton Rouge, Na Luisiana?

  1. Muito bacana a entrevista com a Juliana.
    Tenho pensado em fazer intercâmbio nos EUA e tenho procurado fazer em Louisiana, fugir um pouco dos típicos estados americanos que os brasileiros procuram muito. Baton Rouge me pareceu um ótimo local. Poderia falar sobre intercâmbio nessa cidade, se existe. Seria pra curso geral de idiomas.

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